Medida provisória destina R$ 20 bilhões a fundo do BNDES
cujos recursos servem como garantia de empréstimos bancários a essas empresas
Após a edição de mais uma medida provisória (975/20) pelo
governo para tentar acelerar a concessão de crédito para as pequenas e médias
empresas, deputados pediram pressa na liberação do recurso. Na opinião do
deputado André
Figueiredo (PDT-CE), líder do partido, a MP já chega atrasada.
“Ela é positiva, mas só que a gente tem o receio de que ela
seja pouco efetiva uma vez que as empresas estão com muitas dificuldades
operacionais. Essa medida provisória deveria ter sido uma das primeiras. A
primeira que o governo editou na vigência do decreto de calamidade pública foi
a 925. Ou seja, 50 MPs depois, o governo resolve editar uma MP com muito
atraso", reclama.
Vice-líder do governo, o deputado Evair Vieira de Melo
(PP-ES) acredita que haverá tempo para ajudar as empresas.
“O nosso desafio é desburocratizar o processo tanto de
regulamentação quanto de acesso ao crédito. Precisamos fazer um diálogo com o
setor bancário para tirar algumas travas do crédito convencional e, na
excepcionalidade do momento, atendermos com mais agilidade as nossas empresas.
”
A medida provisória
A MP é direcionada a pequenas e médicas empresas com
faturamento entre R$ 360 mil e R$ 300 milhões anuais. A MP 975/20 destina
R$ 20 bilhões o Fundo Garantidor para Investimentos do BNDES, para que a
instituição ofereça garantia de pagamento para os financiamentos bancários.
O governo vai garantir até 80% do valor dos empréstimos
neste Programa Emergencial de Acesso ao Crédito. Já haviam sido editadas outras
medidas que buscavam oferecer crédito para folha de salários e para capital de
giro para micro e pequenas empresas.
Fonte: Câmara dos Deputados