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José Renato Nalini ministra palestra magna do XII Encontro Notarial e Registral do RS

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Bento Gonçalves (RS) – Principal atração do primeiro dia do XII Encontro Notarial e Registral do Rio Grande do Sul, a palestra magna, foi ministrada na noite de sexta-feira (06.07) pelo desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ/SP), José Renato Nalini. O tema abordado foi “As Delegações Extrajudiciais e a 4ª Revolução Industrial”.



Nalini iniciou sua fala, abordando as principais mudanças ocorridas nos últimos séculos, decorrentes da tecnologia, e como estes avanços têm transformado a forma de trabalho e a sociedade em geral. O desembargador trouxe dados e estudos que demonstravam as principais modificações, tais como a diminuição dos postos de trabalho, extinção de diversas profissões, bem como a transformação das atividades por meio da automatização e do envelhecimento da população.

Dentro deste contexto, Nalini mostrou algumas previsões decorrentes de outras mudanças tecnológicas que deverão surgir até 2025, por meio de pontos de inflexão, tais como a possibilidade de arrecadação de impostos através de blockchain, bem como o aumento da porcentagem do PIB mundial armazenado por essa tecnologia, a expansão do uso da internet, como a conexão de roupas via web, o armazenamento ilimitado e gratuito, financiado por propaganda publicitária, e o aumento circunstancial das pessoas com presença digital na internet. A utilização em escala da impressão 3D também foi uma das previsões, como a produção do primeiro carro impresso em 3D e o aumento do número de produtos aos consumidores impressos em 3D.



Além dos pontos de inflexão, o desembargador também levantou as mega tendências para os próximos anos, dentro das áreas biológicas, digitais e físicas. Foram citados: o sequenciamento genético e ativação ou edição de genes, a criação de organismos personalizados, a adoção de DNA, o enfrentamento de doenças cardíacas e o câncer, a criação de plantas e animais geneticamente modificados, a diminuição dos sensores de internet e variação de instalação, a produção de veículos autônomos (carros, caminhões, ônibus, barcos e drones), a agricultura de precisão, e a utilização de materiais inteligentes, como a autorreparação, autolimpeza e memória, dentre outros.

Com relação às serventias extrajudiciais, Nalini enfatizou que as delegações não passam incólumes a esta revolução e que a elas se revela uma janela de oportunidades. O desembargador apontou também a pesquisa do Datafolha, de 2015, que informava que os cartórios são as instituições mais respeitadas e confiáveis do País, obtendo desempenho superior ao Poder Judiciário, por conta de seu gerenciamento privado. 

Nalini considerou que as delegações extrajudiciais são “celeiros de inovação” e que possuem desafios para continuarem exercendo serviços de excelência, tais como: a gestão eficiente, a tecnologia de informação e comunicação (TICs), o impacto social e as novas agendas. Sobre gestão eficiente, foram pontuadas as instituições e aperfeiçoamentos das rotinas de trabalho, bem como as ações de educação corporativa. Já sobre as TICs, Nalini destacou o potencial oferecido em todas as interfaces: registro civil, registro de imóveis, de títulos e documentos, de protesto, de tabelionato de notas. Com relação ao impacto social, o elemento “relevância”, bem como a qualidade do serviço e a responsabilidade social prestados pelos serviços de cartórios foram os destaques. 

Por fim, sobre as novas agendas, o desembargador citou a falta de instituições dispostas a somar esforços na edificação do projeto de nação instituído pela Constituição Cidadã de 1998. Segundo ele, é preciso que as delegações extrajudiciais sigam apresentando soluções mais eficientes e criativas que o Estado.

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Fonte: Assessoria de Imprensa