Ministro Alexandre de Moraes foi escolhido
para assumir a Vice-Presidência da Corte
O Plenário do Supremo Tribunal Federal
(STF) elegeu, na sessão desta quarta-feira (13), o ministro Edson Fachin para
presidir a Corte e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no biênio (2025-2027).
Na mesma eleição, o colegiado escolheu o ministro Alexandre de Moraes para
assumir a Vice-Presidência do Tribunal. A posse ocorrerá no dia 29 de
setembro.
De acordo com o Regimento Interno do STF,
o Plenário deve eleger os novos dirigentes na segunda sessão ordinária do mês
anterior ao do final do mandato do atual presidente. A votação seguiu a
tradição de eleger o ministro há mais tempo no STF que ainda não tenha ocupado
a Presidência.
Em nome do Tribunal, o presidente,
ministro Luís Roberto Barroso, cumprimentou o presidente eleito. “Considero,
pessoalmente e institucionalmente, que é uma sorte do país poder, nesta
conjuntura, ter uma pessoa com a qualidade moral e intelectual de Vossa
Excelência conduzindo o Tribunal”, disse.
Colegialidade
O ministro Fachin agradeceu os votos de
confiança dos colegas e afirmou que sua gestão continuará buscando fortalecer a
colegialidade, a pluralidade e o diálogo. “A eleição tem um efeito simbólico. É
como uma corrida de revezamento: o bastão agora chegou aqui e recebo com o
sentido de missão e com a consciência de um dever a cumprir”. O ministro
Alexandre de Moraes também agradeceu a confiança e a solidariedade do
colegiado.
Presidente eleito
Edson Fachin nasceu em 8 de fevereiro de
1958, em Rondinha (RS). É professor titular de direito civil da Universidade
Federal do Paraná (UFPR), onde se graduou em direito. Tem mestrado e doutorado,
também em direito civil, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC-SP) e pós-doutorado no Canadá.
Integra o Supremo desde 16/6/2015,
indicado pela presidente Dilma Rousseff. No último biênio, atuou na
Vice-Presidência da Corte, ao lado do ministro Luís Roberto Barroso.
Vice-presidente eleito
Natural de São Paulo (SP), o ministro
Alexandre de Moraes é formado pela Faculdade de Direito do Largo de São
Francisco (USP), onde obteve doutorado em direito do Estado e livre-docência em
direito constitucional. É professor da Faculdade de Direito da USP e da
Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Antes de integrar o STF, foi ministro da
Justiça no governo do ex-presidente Michel Temer, que o indicou para a Corte,
onde tomou posse em 22/3/2017.