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Midia News – Justiça autoriza recuperação judicial de R$ 240 mi de produtores

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Agora, a agropecuária tem prazo de 60 dias para apresentar o plano de recuperação

A 4ª Vara Cível de Sinop deferiu o pedido de recuperação judicial apresentado pela agropecuária Irmãos Picinin e seus produtores, no valor de R$ 239,7 milhões.

Ao deferir o pedido, a juíza Giovana Pasqual de Mello observou que a medida visa viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira dos requerentes, permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo a preservação da atividade empresarial, sua função social e o estímulo à atividade econômica.

Ainda, na ação patrocinada pelo advogado Antônio Frange Junior, com parceria do advogado André Prieto, ficou vedada, por 180 dias, qualquer forma de retenção, arresto, penhora, sequestro, busca e apreensão e constrição judicial e extrajudicial dos bens dos devedores.

“A manutenção dos bens dos empresários é fundamental para que se possa atingir o objetivo da recuperação judicial e, mantendo a atividade econômica exercida, honrar os débitos junto aos credores”, explicou o advogado.

A agropecuária tem prazo de 60 dias para apresentar o plano de recuperação.

Trajetória

Moacir Picinin foi um dos homens que, há cerca de quatro décadas, enxergou em Mato Grosso uma terra promissora. Ele e seu irmão Valdir investiram no cultivo de soja no município de Sorriso, que hoje é exaltado como um dos maiores polos de produção do grão no mundo, superando, inclusive, países como a França. Mas, quando chegaram, a situação era diferente. Foi necessário muito investimento e busca de crédito para poder produzir.

A grande recessão de 2014 foi de grande impacto para o setor e, então, os irmãos passaram a investir na produção de algodão como forma de superar os efeitos da crise econômica que se arrastou até meados de 2017.

A diversificação demandou grande investimento e, mais uma vez, os empresários se viram em meio a uma nova crise que, desta vez, afetou o mundo inteiro. Os efeitos da pandemia provocada pela Covid-19 e a alta do dólar fizeram com que as dívidas acumuladas para a manutenção dos negócios se tornassem insustentáveis.

Fonte: Mídia News